Senadores sobem o tom e exigem respostas de Demostenes Torres

A blindagem dos senadores ao colega Demóstenes Torres (DEM-GO) parece ter chegado ao fim. Respeitado pelos colegas, o democrata vinha até agora dispondo do benefício da dúvida, apesar das notícias sobre seu envolvimento com Carlinhos Cachoeira, chefe de uma quadrilha que controlava o jogo ilegal em Goiás. Agora, com novas notícias mostrando que a intimidade ia muito além de uma amizade inofensiva, os parlamentares cobram explicações.
“O caso é grave e esta Casa não terá moral para intimar qualquer cidadão para depor em suas comissões se não ouvirmos os esclarecimentos do senador Demóstenes. E eu disse isso a ele”, afirmou Pedro Taques (PDT-MT) nesta segunda-feira. “Que ele possa o quanto antes, quem sabe amanhã ou depois, voltar à tribuna e se posicionar sobre os novos fatos”, afirmou Jorge Viana (PT-AC), que havia, junto com cerca de quarenta colegas, elogiado Demóstenes quando o democrata subiu à tribuna para rebater as primeiras acusações. À época, sabia-se apenas que o senador goiano havia recebido eletrodomésticos de Cachoeira, como um presente de casamento.
Embora ninguém (ainda) fale abertamente em levar Demóstenes ao Conselho de Ética, Pedro Taques disse que vai agir para ver o caso esclarecido: “Vou tomar as minhas providências”, afirmou. “Não podemos proteger os amigos e prejudicar os inimigos”. Desde que o caso veio à tona, o senador goiano tem evitado dar entrevistas.
(Gabriel Castro, de Brasília)

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